Hello!!
Quatro dias antes de embarcar é difícil manter alguma ideia coerente e escrever algo, mas vamos ao mais fácil. Meu nome é Gabriela Neves – mas pode chamar de Gabi – tenho 21 anos, moro em João Pessoa, na Paraíba e sou estudante de jornalismo.
Antes de estudar jornalismo, passei dois anos inteiros estudando Nutrição, mas vi que não era minha cara e resolvi mudar de curso, sendo assim, fiz vestibular de novo e entrei em no novo curso. Na mesma época em que estudava para o vestibular, o programa de intercambio au pair apareceu na minha vida. Assim que vi, fiquei super empolgada, afinal desde que havia terminado o ensino médio que trabalhava com crianças dando aulas particulares e ajudava na igreja a cuidar de um grupo delas e sempre sonhei fazer intercambio, ainda mais nos Estados Unidos. Tinha tudo haver comigo!
Mas havia o problema de estar começando um novo curso. Como eu poderia deixar a universidade agora, se já tinha abandonado uma vez? Eu precisava me formar, não podia deixar as coisas desse jeito, certo? Errado. Depois de muito pensar eu percebi que diploma é algo que se consegue em qualquer época da vida, que sou muito jovem e ainda tenho tempo de sobra para ficar enfurnada numa universidade, que tenho muita coisa para ver e viver!
Sendo assim, me inscrevi no programa, o que requer bastante tempo e paciência. Sinceramente, é um processo bastante lento, mas que me deixou bastante segura, pois eram tantas informações e documentações necessárias que eu fui paciente o suficiente para ir fazendo as coisas aos poucos. Não lembro ao certo quando fiquei online, mas uma semana depois a primeira família apareceu e, acreditem ou não ela era brasileira.
Moravam a dez anos nos Estados Unidos e tinham dois filhos. A mãe me ligou e conversamos bastante, depois por skype e eles eram ótimos, mas (surpresa, surpresa!!) obviamente, falavam português e queriam que eu acostumasse as crianças a falarem português. Eles eram muito legais, então fiquei super triste de dizer não a eles, mas não achava quer seria uma experiência tão boa viver com brasileiros. Depois disso, cinco famílias apareceram, mas falei somente com duas por skype, e nenhuma delas deu certo. Já tava tão desanimada (na verdade desesperada) que mandei um email pra agência perguntando se havia algo errado com meu application, mas era só o processo que era assim mesmo.
Até que num belo dia recebo um email gigante de uma host Mom falando sobre a família dela e como ela tinha amado meu application. Eu amei logo de cara – somente pelo email, pois ela parecia animada e eu me identifiquei muito, pelo fato de ser uma família grande.
Trocamos vários emails e marcamos uma conversa no skype, onde ela falou bastante como era rotina e tudo o mais, me deu o contato da au pair que estava vivendo com eles e no final da conversa perguntou se eu gostaria de fechar com eles. Eles foram a primeira família que eu consegui me sentir relaxada durante a conversa e ser eu mesma, que consegui interagi com as crianças, sem me sentir idiota, então entendendo isso como um sinal eu fechei com eles.
As crianças que vou cuidar são quatro, um casal da mãe e um casal do pai, com a idade de 13, 11, 10 e 9. São todos uns fofos e apesar de não conversarmos muito por skype, toda semana a mãe me manda emails gigantes falando deles. Eles moram em Medfield (Massachusetts), a 25 minutos de Boston e 3horas de New York.
Tão perto do embarque tantas coisas já passam pela minha cabeça que é difícil descrever. Sou apegada demais a minha mãe e a minha família toda – tenho muitos tios e primos que vejo todo santo domingo. Sem exceções! Tenho amigos-irmãos que cada vez que penso que não vou vê-los o coração aperta. Mas acho que isso acontece com todo mundo. E mesmo sabendo o quanto tudo vai ser difícil, eu sei que cada segundinho dessa aventura vai valer muito a pena, e eu tenho certeza vai ser inesquecível!
Tão perto do embarque tantas coisas já passam pela minha cabeça que é difícil descrever. Sou apegada demais a minha mãe e a minha família toda – tenho muitos tios e primos que vejo todo santo domingo. Sem exceções! Tenho amigos-irmãos que cada vez que penso que não vou vê-los o coração aperta. Mas acho que isso acontece com todo mundo. E mesmo sabendo o quanto tudo vai ser difícil, eu sei que cada segundinho dessa aventura vai valer muito a pena, e eu tenho certeza vai ser inesquecível!
Não deixem de nos acompanhar aqui no Mês a mês e até o próximo post in North America!
Beijos, beijos e até mais ;)
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